Estamos aqui para falar de uma iniciativa bem legal do MetrôRio, a concessionária que administra o metrô da nossa cidade. Eles promoveram no último sábado (03/03) um encontro com alguns participantes de suas redes sociais para sanar dúvidas, esclarecer procedimentos e andamento de projetos.
O encontro reuniu prestadores de serviço e usuários em geral. Foi conduzido pela equipe operacional do metro que falou sobre integração, valor de passagem, mercado, novos trens, expansão da malha ferroviária e manutenção, atendendo às ávidas perguntas que surgiam a cada novo tópico.
O dia foi marcado pela visita ao Centro de Controle Operacional e ao Centro de Manutenção, onde pudemos ver como são monitoradas as estações e demais dependências do metro e como é realizada a manutenção dos trens.
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>> Dedo na ferida
Um dos pontos mais esperados do encontro (pelo menos por mim, Carol) foi a conversa com o chefe da manutenção, que falou sobre o tema mais polêmico do serviço: ar-condicionado. Ele explicou as causas dos problemas enfrentados pelos usuários da Linha 2, que é o calor excessivo nas composições. Basicamente, o problema acontece devido o tempo de existência dos trens, que é de 30 anos, aproximadamente. Eles não foram projetados para andar na superfície, como acontece durante toda a extensão da linha 2 (que não existia quando os trens foram comprados). Isso, somado ao nosso calor intenso, aquece o sistema de ar-condicionado até desarmá-lo (um mecanismo de defesa para evitar pane). Quando um trem entra nos túneis subterrâneos, as condições climáticas voltam ao normal e o sistema começa a se reestabelecer.
Comentário: Esperamos que nossos governantes, a partir desta experiência excruciante para a população, pensem antes de realizar grandes obras que daqui a alguns anos as demandas aumentarão e que o que hoje é pouco usado, amanhã pode estar superlotado. Se pensarem assim, é provável que não construam sistemas que em pouco tempo não atenderão a população com qualidade merecida e paga pelos nossos impostos.
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>> Educação
O pessoal do metrô tirou dúvidas, falou de melhorias, novidades, deu lanchinho, mas entrou num assunto muito chato, onde nós, usuários do serviço temos culpa direta. A educação (ou, no caso, a falta dela).
Vidros e teto quebrados, espelhos, banheiros e outras instalações das estações depredadas. Sabe quem fez tudo isso? A população. Não todo mundo, claro, mas uma parcela mal educada. Isso é vergonhoso.
Se você não está satisfeito e quer protestar, existem outras formas. Depredar o patrimônio do metro é uma puta grande falta de educação e também uma enorme burrice, pois aquilo lá é nosso, usamos todos os dias, dependemos do serviço. Quando ele é inutilizado, somos nós mesmos quem pagamos o pato. Bota a cabeça pra funcionar e não faz mais isso, ok? Ah, utilize as lixeiras para jogar o lixo, não emporcalhem os bainheiros e estações, somos todos nós quem usamos tudo isso.
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>> Dependência
Outro ponto esclarecedor do encontro foi saber que, mesmo tendo a concessão para explorar o serviço, o MetrôRio não pode fazer tuuudo o que quer. As grandes decisões como implantação de tecnologia, compra de trens e expansão da malha ferroviária, por exemplo, precisam do aval do nosso governo. Se a empresa propuser e o governo aceitar, lindo, nós ganhamos o serviço/melhoria mais rápido, mas se não for assim, a empresa não pode ir adiante e ignorar o estado.
Neste contexto, entra a burocracia pública que todos nós conhecemos e odiamos. Então, antes de xingar somente a empresa que administra o metrô por algo que não foi feito, pense que 50 ou mesmo 100% dos palavrões poderiam ser destinados ao nosso governo. Tudo tem dois lado…
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>> Algumas de nossas dúvidas, sanadas
Dica Aleatória: Por que o metrô não funciona 24h?
MetrôRio: A manutenção de trens e trilhos é realizada no período em que o metrô não está aberto ao público. Torná-lo 24h inviabilizaria a manutenção.
DA: Quando chegam os novos trens?
MR: A previsão de chegada é para o início de abril, quando entraremos em nova fase de testes (com previsão de finalização em agosto). Só após esta fase é que os trens passam a atender a população.
DA: Os trens andam sempre superlotados em horário de pico. Por que isso sempre acontece?
MR: Devido à quantidade de trens não ser suficiente para o aumento crescente da demanda. A melhoria virá após a chegada dos novos trens.
DA: Sofreremos com o mesmo calor nos novos trens?
MR: Não. As novas composições tem sistema de ar-condicionado mais moderno e receberão isolamento térmico para amenizar a exposição ao Sol.
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>> Dicas
Meus caros, o dia foi produtivo, divertido, cheio e serviu para sanar nossas dúvidas e trazer duas dicas para vocês:
Dica nº 1: Em caso de problemas no carro (vagão) em que você estiver, havendo vontade sua de reclamar/comunicar ao metrô via redes sociais, lembre-se de, junto com sua reclamação, enviar o nº que aparece nas extremidades do carro (lado de dentro) ou nas laterais do mesmo (lado de fora). Assim será mais fácil a identificação e solução do problema.
Dica nº 2: A distribuição de ar frio é feita no meio dos carros, se puder, fique sempre por lá. A temperatura tende a ser mais agradável.
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>> Concluindo
Eu pensei em fazer um post pequeno sobre o sábado, mas tem tanto assunto que eu escrevi pacas e mesmo assim faltou coisa, mas serve para vocês terem uma noção de como foi.
Ao MetrôRio, agradecemos o convite, a equipe disposta a sanar as dúvidas e pela simpatia. Parabenizamos a iniciativa. Espero que fiquem com a certeza de que o que for para ser elogiado será. Mas o que for para ser cobrado vale o mesmo. Achamos que essa é uma troca rica. Não se pode só jogar pedras sem ouvir o outro.
Ao Governo, pedimos que seja menos burocrático e trabalhe junto a equipe do MetrôRio.
A vocês, leitores, pedimos que prestem atenção às necessidades e cobrem, mas que sejam conscientes e educados.
Aos demais meios de transporte, esperamos que façam o mesmo!
Fica a dica!