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Coisas que as madrastas odeiam ouvir

Todo mundo tem aquelas coisas que soam nos ouvidos com unhas se arrastando num quadro negro (grrrr nervoso só de pensar), claro que com as madrastas não seria diferente. O terreno que a gente anda já é movediço por definição e tem umas coisinhas básicas que colocam os cabelos em pé. Pelo menos os meus…

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1 – Comparações – Coisa do demônio é querer comparar pessoas. Se você for madrasta então que o caldo entorna mesmo. Famílias do marido e marido devem ficar atentos para:

Não comparar a madrasta com a ex. Por motivos óbvios.

Não comparar o filho que a madrasta teve com o primeiro filho do cara. Apenas não façam isso.

2 – Você não é minha mãe / Você não é mãe do fulaninho – Essa tá no hall das coisas que mais odiamos escutar. Se liga.

Se foi dito pelo enteado, a vontade que dá é de responder: “Graças a Deus”. Mas somos adultas e sabemos que não podemos nos comportar dessa forma, não é mesmo? Você não é obrigada a ouvir esse tipo de má criação, então deve conversar com seu marido para que ele eduque o filho que colocou no mundo, pois esse é um comportamento que a criança tende a repetir com outros adultos que tentem lhe impor autoridade e isso é uma tremenda falta de educação dita a qualquer pessoa que seja.

Se você ouviu do seu marido ou de alguém da família dele que você não é a mãe do fulano, aí sim pode soltar um sonoro “Graças a Deus”uhauahaahauah Zoeira, é melhor não fazer isso (Eu faria, mas sabe aquela história do faço o que eu digo mas não faça o  que eu faço? É por aí…rs). Se algo desse tipo acontecer com você deixe claro para a pessoa que realmente você não é a mãe do ser em questão e por isso não se portará como tal nos momentos em que precisarem de alguém para olhar a criança, limpar bagunça ou qualquer outra responsabilidade que não condiz com alguém que ouviu tamanha grosseria.

3 – Que pena que eles terminaram – Tá aí uma das coisas mais desnecessárias em se dizer se você quer ter uma relação boa com a esposa do cara. Eu já ouvi isso e olha, nesse dia eu descobri que tenho mais educação do que eu imaginava.

4 – Quando você tiver seu filho, você vai entender… – Vá para o quinto dos infernos com essa afirmação seja lá quem a tenha proferido para você. Apenas ignore. Se tem alguém pensando em dizer isso para uma madrasta, não diga.

Deve ter uma coisa ou outra a mais que irritam, mas nem sempre dá pra lembrar (ainda bem). Se identificou com alguma coisa?

Fica a dica!

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Sobre a nova lei de guarda compartilhada

Antes de tudo quero dizer que tô feliz pra caraleooooo com essa nova lei! \o/ \o/ \o/

#assinalogoDilma

Embora essa decisão tenha chegado pra nós antes da lei (graças a Deus), fico feliz pelos pais e filhos que terão seu direito de convivência assegurado. Será um belo golpe na alienação parental sofrida por muitos e sobre a qual já falamos aqui.

Os comentários na internet vão de pessoas comemorando como eu á pessoas (muitas mães) invocando o direito materno sagrado (Oi?) de ter o filho só pra ela por ter gerado, parido, amamentado e qualquer outro absurdo que se possa tentar usar como argumento. Chega a ser muito ridículo, mas as pessoas se sentem no direito de negar ao filho o direito de convivência sadia com o pai (como boa parte dos casos). Já que não se comporta como gente, é preciso vir a justiça e intervir a favor do direito igualitário dos pais e sobretudo das crianças em conviver com as famílias de forma sadia independente de como terminou a relação do ex casal.

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A nova lei prevê divisão de tempo com a criança entre os pais, o que não quer dizer necessariamente que haverá alternância de casas, isso depende também da logística (embora eu acredite que seja o mais justo quando possível) e outros ajustes e detalhes de cada situação. O fato é que com essa nova visão sobre o tema, pais e filhos ganham direito de convivência maior e isso é fantástico.

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E gente, existem sim pais que não estão nem aí para os filhos e os largam na mão das mães, mas existem mães com esse mesmo comportamento, então vamos parar o mimimi. Essa lei garante o direito de quem quer exercer seu poder parental.

Também não venham com discursos do tipo:

“Mãe é sagrada”

“É a mãe quem gera, amamenta e bla bla bla”

“Filho tem que ficar com a mãe”

Ficamos combinados? Nada dessa baboseira, ok? Então, beleza!

Aos pais que sofrem alienação parental, desejo que exerçam seus direitos e deveres com unhas e dentes. Seus filhos serão eternamente gratos e mais felizes com isso.

Parabéns a todos que sempre lutaram por esses direitos e agora podem ver os frutos. Um abraço também aos pais e filhos que tiveram seus direitos roubados. Nada pode reparar o que foi tirado de vocês e fico triste por isso. Espero que tenham encontrado ou ainda encontrem uma forma de viver em família e desfrutar da companhia uns dos outros.

Mães, vocês não são a última coca-cola do deserto. Fim.

Alienação Parental é crime, é crueldade e vai dar merda pra você que pratica. 😉

Pelo menos, em alguns momentos, esses políticos ainda fazem algo que presta pra essa sociedade. Ainda não é o suficiente, mas seguimos na luta para que a igualdade venha para todos em todos os aspectos da nossa sociedade

E um beijinho no ombro para as pessoas recaldadas e mal resolvidas de plantão! :*

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Imagens: Revista Quem e Blog Quadrangular

PS: Saiba mais sobre a lei aqui.

Fica a dica!

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O que é Alienação Parental e como enfrentá-la

É, meus caros, o que não falta na vida das madrastas é desafio. Se por um lado existe um dia para comemorar a existência dessa figura familiar, afeto e entendimento entre madrastas e enteados. Por outro, há o desafio de dar suporte emocional ao marido e aos enteados em casos dessa natureza. Mas vamos esclarecer esse assunto.

O que é a Síndrome de Alienação Parental ou SAP?

“Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner [3] em 1985 para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.

Os casos mais frequentes desta síndrome estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande. Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. “

OBS: Texto retirado do site Síndrome de Alienação Parental.

Por experiência, podemos dizer que alienação parental é uma das formas mais cruéis de agir com uma criança. A coisa tomou proporções tão grandes que, de uns anos pra cá, foi aprovada uma lei de combate à prática. Veja aqui.

Alienação pode ser cometida por pai ou mãe, mas o número de mães alienadoras ainda parece maior que o contrário. Isso deve-se muito ao fato de tradicionalmente as mães ficarem com a guarda dos filhos após o término do relacionamento, principalmente se o ex-casal nunca dividiu o mesmo teto.

Se você é madrasta e percebe que seu marido e enteado são vítimas dessa prática, algumas dicas podem te ajudar:

1 – Situações:

1.1 – Seu marido separou-se da ex e decidiram não legalizar o pagamento de pensão alimentícia pois, segundos eles, não precisa envolver a justiça no assunto?

…CUIDADO! Muitas mulheres mal intencionadas usam isso em juízo após algum tempo pra dizer que o pai nunca pagou pensão.

Pode acontecer também da mãe da criança estar ressentida com o ex de alguma forma e passar a recusar o dinheiro da pensão por achar que pode condicionar a convivência entre pai e filho ao provimento do sustento. NÃO, ela não pode fazer isso.

1.2 – Seu marido não tem o tempo de convivência regulamentado por um juiz pelo mesmo motivo citado no caso acima e volta e meia a ex decide que ele não vai ver o filho?

…Avise-o de que está sendo vítima de alienação parental. A criança tem direito a convivência sadia e sem interferência com ambos os genitores.

1.3 – Seu enteado, de uma hora para outra, passou a rejeitar a convivência com o pai, você e demais membros da família?

…Observe! Se outros sinais de alienação já foram detectados, este pode pode indicar mais um deles.

2 – Coisas que mães alienadoras costumam fazer:

2.1 – Evitar a todo custo que a convivência e o sustento da criança sejam regularizados em juízo:

Este tipo de prática dá a sensação de controle sobre a situação. O alienador acha que pode decidir quando e como será a convivência entre a criança e o outro genitor.

2.2 – Criam na criança a falsa impressão de que ela depende somente da mãe para ser cuidada e amparada:

Algumas mães chegam a dizer que só estará tudo bem se a criança estiver com ela em casa.

2.3 – Gerar culpa na criança:

Mães alienadoras também podem estar dizendo aos filhos que se eles estiverem felizes na companhia do pai e de sua família, caracteriza uma traição da criança com a mãe.

2.4 – Inventar falsas lembranças:

Dizer que o pai e sua família são pessoas ruins, que fazem mal a criança e que são perigosas criam nela uma sensação de medo e insegurança na companhia do pai.

2.5 – Omitir e mentir sobre fatos importantes da vida da criança como: informações médicas e escolares.

3 – O que fazer:

Acabou o relacionamento? Existem filhos? Então vamos regulamentar tudo!

Lembre-se de que regulamentar em juízo não é brigar. Trata-se de defender e garantir direito e deveres de ambos os pais e principalmente o melhor interesse da criança.

Se a mãe recusa-se a regulamentar, não é preciso esperar por ela. O pai pode dar os primeiros passos:

3.1 – Através de um advogado particular ou defensor público, dê entrada na regulamentação de visitas e oferecimento de alimentos. Peça tutela antecipada com pernoite. Se concedido, isso quer dizer que antes do fim do processo a criança poderá passar ao menos finais de semana alternados na companhia do pai, independente do que a mãe quer.

3.2 – Tenha em sua casa um quarto ou espaço destinado a receber a criança nos períodos de convivência, com uma cama, roupas e brinquedos. Fotografe tudo e guarde para o caso de precisar usar, pois algumas mães alegam que não deixam seus filhos ficarem com o pai porquê não há espaço adequado para a criança.

3.3 – Durante os finais de semana em que estiver com a criança, fotografe os passeios e os momentos em família. Pode parecer bizarro, mas tem mães que inventam que as crianças não gostam de ficar com os pais e elas “apenas” respeitam isso e não permitem que eles fiquem de fato com o pai.

3.4 – Procure a escola da criança, informe a situação e peça que que você seja informado sobre o seu desenvolvimento escolar. A escola tem obrigação de te manter informado sobre o seu filho. Se tiver oportunidade vá também a consultas médicas periódicas para inteirar-se da saúde da criança e tenha com você uma cópia atualizada da carteira de vacinação.

4 – Como ajudar a criança a lidar com a situação:

4.1 – Compre e leia com ela o livro Tenho duas casas, que ajuda a explicar às crianças de forma lúdica os modelos de família. Aqui contamos nossa experiência íntima com esta leitura.

4.2 – Nunca fale mal da mãe. Isso é muito importante pois do outro lado estará uma pessoa amargurada e cruel tendo este comportamento a seu respeito e pode acreditar, a criança estará muito triste com isso. Não reforce essa maldade repetindo o comportamento do alienador. Sempre diga a verdade respeitando a faixa etária e compreensão intelectual da criança. Mesmo que a mãe esteja sendo uma bruxa, você não precisa e não deve fragilizar ainda mais a criança entrando nesse jogo.

Imagem sobre o que NÃO se deve fazer.

4.3 – A casa de vocês não é casa da mãe joana onde pode-se fazer tudo. Eduque, é necessário. Mas permita sempre que a criança desfrute de momentos de lazer e felicidade ao lado de vocês. Façam alguma receita juntos, envolva a criança na rotina da casa, ela se sentirá amada e acolhida, coisa que estará precisando muito nesse momento.

5 – Como lidar com a ex:

5.1 – Madrastas

5.1.1- Não aceite provocações. Se nunca se falaram, não vai ser agora que o caldo entornou que é o melhor momento para começar. Limite-se a acompanhar seu marido quando ele for buscar ou levar o filho, se você estiver a vontade com isso, é claro.

5.1.2 – Não intervenha na conversa dos pais. O que precisar falar ao seu marido, fale em particular.

5.1.3 – Aconselhe, mas não jogue lenha na fogueira. As coisas, às vezes, já estão tensas demais. Ajude a resolver no lugar de complicar.

5.2 – Pais

5.2.1 – Não aceite chantagens da ex.

5.2.2 – Não, ela não pode te proibir de ver seu filho se você tiver uma namorada ou tiver se casado.

5.2.3 – Não, ela não pode determinar os locais e programas que você fará com o seu filho.

5.2.4 – Ela não pode recusar a pensão para condicionar a convivência entre você e seu filho.

5.2.5 – Se estiver ciente da alienação parental, deixe claro a ela que sabe o que ela está fazendo e que não vai aceitar que isso aconteça;

5.2.6  – Não se envolva em barracos, principalmente na frente do seu filho. Mesmo que seja difícil (e nós sabemos que é). Mantenha a maturidade, controle a raiva e vá embora se a ex começar o escândalo.

5.2.7 – Estabeleça comunicação por e-mail. É uma forma de ter tudo documentado. Muitas mães falam e fazem coisas que depois negam pelo simples fato de ser a palavra do pai contra a da mãe. Esteja preparado para isso;

5.2.8 – Seja forte e nunca desista do seu filho. Mesmo que tudo esteja nebuloso, mesmo que as injustiças estejam acabando com as suas esperanças e forças. Lute pelo seu filho, ele precisa de você, principalmente, neste momento.

Considerações finais

A alienação parental é muito difícil de compreender por quem não a enfrenta e muitas vezes só acompanha de fora. As pessoas acham que o pai briga por nada, que deveria “deixar pra lá”, deixar que a criança cresça e “veja a verdade”, mesmo que isso signifique a morte do convívio e do vínculo. Não dê ouvidos a isso, siga em frente.

Muitas pessoas próximas perguntam sobre o andamento de situações como esta, não por curiosidade mórbida, mas porque são pessoas que gostam de vocês. O problema acontece quando você informa, divide com outro a situação e ouve frases como as que citamos acima. Se isso acontecer com vocês constantemente, reservem-se. Guardem as energias para o caminho que vocês tem a frente. Vocês não precisam convencer ninguém de nada. Escolha somente as batalhas importantes para resolver o problema, todo o resto pode esperar.

Por aqui esfarelou-se a paciência em manter as pessoas informadas e ouvir coisas desse tipo. Hoje digo apenas que está tudo bem. Mesmo que não esteja, pois já é cansativo demais lidar com a alienação parental e torna-se ainda pior quando as pessoas insistem em minimizar um problema que não tem nada de pequeno. Só quem sabe o que vocês enfrentam de fato são vocês. Se as pessoas insistem em não entender e ainda questionam, diga que está tudo bem e mude o assunto. A vontade de mandar a muitos lugares feios é grande, eu sei, de dar uma voadora também (risos), mas não vale a pena.

Madrastas, apoiem seus maridos e enteados se estiverem nesse momento difícil. Você também é vítima desse problema, eu sei, mas seja forte por você e pela sua família. Devido a tanto problema e fragilidade pode ser difícil para seu marido ver saídas e soluções com clareza. Tente ser a pessoa que vai olhar a situação com calma e tentar indicar o melhor caminho. Às vezes basta uma palavra de consolo, uma ajuda em uma busca de informação ou mesmo um sacolejão quando for necessário. É um grande desafio para todos na família, mas é possível. Juntos, vocês são mais fortes!

Não somos experts no assunto, muito menos advogados, falamos baseados nas nossas experiências no tema que parecem longe de acabar. Procurem ajuda, pois existem muitas famílias vivendo o mesmo que vocês. Se sentiu falta de algum ponto que não citamos, pergunte nos comentários. Se estivermos a par, responderemos.

Fica a dica!

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Sobre a madrasta e as cobranças com o enteado

Olá! Eu diria que esse assunto é contraditório e já te explico.

Muita (mas muita gente mesmo) adoooora falar que a madrasta se mete nas coisas do enteado e que os enteados não são filhos dela, que não entende porque não tem filhos e, por isso, deve guardar suas opiniões e talz.

Tá, beleza.

Agora, expliquem por que causa, motivo, razão ou circunstância as pessoas cobram da madrasta atitudes de mãe (Oi?) para com o enteado se ela não pode nem opinar?

Vamos entender essa confusão.

Quem cobra:

O marido/pai: Sim! Esta figura muitas vezes acha que pelo fato da mulher estar com ele tem o dever de acolher o filho dele como se fosse dela (Oi?). Se a madrasta não faz, ele fica indignado, magoado, acha o cúmulo do absurdo e fica cobrando/infernizando a cabeça da madrasta. O curioso é que muitos desses pais são os mesmos que não ouvem os conselhos da madrasta, falam para ela não se meter na educação dos enteados, que a madrasta não entende e blá, blá, blá…

Aqui fica o espaço para que os maridos com esse comportamento nos expliquem essa atitude contraditória.

Quem cobra:

A família do marido: Parece até piada mas, assim como o marido, a família ao mesmo tempo que acha que a madrasta não tem direito a nada, quer que a mesma segure os pepinos… Assim é mole, né?! #sqn

Citados os fatos, vamos às considerações:

1 – Tudo que é imposto não dá certo. Se a madrasta assumir essa parte maternal no cuidado com o enteado, tudo bem. Se ela não assumir, tudo bem também. Sabe por que? Não é filho dela! 😉

2 – As pessoas precisam se decidir. Quer dizer que a madrasta não pode opinar mas pode segurar os pepinos? Não faz sentido, né, gente? Ficamos combinados de que NÃO faz sentido, de uma vez por todas? Beleza? Beleza.

3 – Querido marido/pai. A madrasta não tem culpa se você teve um filho com uma pessoa (sendo essa pessoa uma praga ou não), se arrependeu e agora acha que a mãe certa para o seu filho seria a madrasta. Não há nada que possa ser mudado a respeito disso, ok?

4 – Queridas famílias, não se metam na vida da madrasta/marido/enteado. Se você não for capaz de ser produtivo, por favor, não se dê ao trabalho de querer atrapalhar, pois já é tudo muito complicado em muitos casos. O papel da família não é dificultar/infernizar a vida das pessoas. Controlem-se. Beijo. 😉

Afeto é um laço construído, não é algo que se impõe. Então, maridos e papais, não se casem novamente exigindo de suas esposas que assumam um papel que não é delas.

Tem muita madrasta que trata o enteado como filho? Tem, mas isso tem que ser uma opção dela e não uma imposição sua ou de quem quer que seja. Isso não termina bem.

Uma coisa importante e que muitos pais não se dão conta é de que a boa relação da madrasta com os enteados está diretamente ligada ao pai. Se o pai não apoia a madrasta, não incentiva que o filho tenha um vínculo com ela, não ensina o filho a respeitá-la, não adianta querer cobrar da mulher. A culpa é sua.

Mais uma vez digo que a conversa é uma boa solução para conflitos. Procure saber o que sua esposa sente em relação aos seus filhos. Talvez você consiga uma aproximação maior dos dois lados se entender o que está acontecendo.

Fica a dica!

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Para ser uma Madrasta tipo “Pinguim de Madagascar”

Você é uma madrasta estressada com tudo que considera errado na vida dos seus enteados e na forma como seu marido e a mamis das crianças os educam (ou não educam)?

Então pega lá um café e vamos falar sobre isso pra você ficar com a cuca fresca.

Você já falou com seu marido sobre educação, alimentação, higiene, hora de dormir e afins, a respeito do seu enteado e o bonitão continua achando que é tudo exagero seu, que você não entende porque não tem filhos e diz coisas como “‘tadinha da criança”?

Então chegou a hora de você ligar o mágico botão do “foda-se”!

Gastaram o Calvin e Haroldo com esse palavreado! Mas que ilustra bem o sentimento, ilustra!

Pergunta: Enteado não escova direito ou nem escova os dente?

Resposta: O problema é dele e dos pais dele. Se você já deu sua contribuição e tudo continua na mesma, não se preocupe, quem terá cáries não será você (ou seu filho (a), se você já tiver)! 🙂

Outra: Seu enteado não toma banho? Eca…

…Mas o problema é dele e dos pais. E se alguém da família do marido comentar que o fulaninho tá fedendo, lembre-se de dizer que o papi e mami da criança é que não se importam com isso.

Mais uma: Seu enteado é daquelas crianças que só comem porcaria e correm sério risco de ficarem obesas e com problemas sérios de saúde?

R: Bem, os responsáveis legais por ele são os pais, então deixe que eles decidam o que a criança vai comer, se vai comer ou fazer fotossíntese. Não é problema seu.

Ou seja: Sorria e acene. 😉

Apenas sorria e acene!

Quando gostamos de alguém, naturalmente nos importamos com essas pessoas, mas se em um caso como esses as pessoas não te ouvem e não acham importantes essas coisas, lave as mãos e vá cuidar do que realmente importa. Seus cabelos não podem embranquecer por algo que você não controla. 😉

Fica a dica!

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Quando a Madrasta se desconecta: Motivos e o que fazer quando acontece

Existe um momento pelo qual algumas madrastas passam  que chamo de desconexão. A palavra já diz tudo. Isso acontece quando a madrasta se mantém afastadas dos assuntos ligados aos enteados e das coisas que os cercam.

Existem muito motivos que levam a essa fase, pois as madrastas vivem situações muito delicadas no trato com os filhos alheios. Para exemplificar vou citar alguns motivos clássicos:

1 – Alienação parental

Sim, a madrasta também sofre com isso, pois se a mãe da criança pratica toda a família do pai acaba envolvida de alguma forma e como a madrasta é quem está ao lado do pai sempre, acaba sendo “respingada” pela prática. A coisa piora quando os ataques e mentiras contados pela mãe são direcionados a madrasta.

2 – Pai que não educa

Pode ser pela criação diferente, porque o pai sente pena e culpa por não morar com o filho ou simplesmente porque tem preguiça de educar. Seja qual for o motivo, o pai que não educa seu filho acaba gerando muitos problemas, pois grande parte das madrastas que conheço reclama disso. O pai que não dá limites, não ensina a respeitar e nem mesmo dá a educação básica. E convenhamos, conviver com um ser humano mal educado é uó, se não é seu filho, então, fudeu. E não por implicância. Como não é filho da madrasta, ela fica muito limitada na hora de educar ou ajudar na educação dos enteados. Então se o pai não faz e a madrasta acha um absurdo, está gerado o problema.

3 – Criança que rejeita a madrasta

A maioria das vezes que isso acontece é porque o problema começou com o primeiro tópico que citei. Se a madrasta tenta educar e a criança não recebe educação dos pais, isso também pode fazer com que seja mal interpretada pelo enteado e taxada de chata.

Esses são alguns dos motivos mais comuns e que, depois de um tempo, fazem com que a própria madrasta não se interesse mais por nada que cerca a vida dos enteados. Não que os queira mal, mas já está cansada de dar murro em ponta de faca.

Se você é madrasta e isso está acontecendo com você saiba que você não é má, não é louca e provavelmente não deixou de amar seu marido e enteado (s), você pode simplesmente estar cansada e é perfeitamente normal devido as circunstâncias. Tente reconectar-se com o cuidado com o enteado. Não precisa assumir nada que não queira. Programe passeios ou até mesmo faça alguma coisa só você e a criança/adolescente. Com calma mesmo e sem se cobrar muito.

Com calma, paciência e amor, dá certo! 🙂

Se você é o marido/pai, entenda a madrasta. Leia os itens acima, analise como tem sido as coisas na rotina de vocês. Coloque-se no lugar da madrasta (e não contra ela) e tente também restabelecer essa ligação. Você é parte fundamental nisso.

Sempre recomendo uma conversa franca e respeitosa de ambas as partes como forma de solucionar problemas. Serve no relacionamento como casal e para casos assim também.

Fica a dica!

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Um Feliz Dia das Mães às Mãedrastas!

Não dava pra deixar de lado as felicitações a todas as mãedrastas. Para isso escolhi o vídeo do comercial de dia das mães da Natura deste ano, que acertou em cheio e lembrou de nós e de todas que desempenham o papel de mãe com muito carinho e amor. É fofo!

Feliz dia das Mãedrastas e mamães!

Abrace, ame, presenteie!

Mãedrasta

Fica a dica!

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Com a palavra: O Padrasto

Não se assuste com o título! É que como temos textos sobre madrastas e muitas pessoas leram e gostaram, também surgiu a discussão sobre como é a vida do padrasto. Para este posto eu, Carol, tenho um amigo que nos enviou uma reflexão sobre como é a rotina do homem que constrói família com uma mulher que já tem filhos.

Por Leandro Sílvio:

Para desespero dos mais conservadores, o termo ‘família moderna’ tem se aplicado cada vez mais aos dias atuais, onde o padrão ‘mamãe, papai e filhinhos’ para os mais radicais pode ser até chamado de démodé. Visto as mudanças mais frequentes da estrutura familiar, as mais recorrentes são as famílias com madrastas e padrastos.

Casamentos têm durado pouco e os cônjuges procuram outros parceiros rapidamente com o pensamento: “Tenho que pensar em mim. Tenho que ser feliz.” Mas onde fica o pensamento em relação aos filhos?

Especificando o caso dos padrastos averiguo uma situação mais desconfortável do que os das madrastas, pois na maioria a mulher é quem fica com a guarda dos filhos e a nova figura masculina que ela colocar em casa pode não ser muito bem aceito pelas crianças.

Explico: Imagine uma mãe divorciada com uma filha. Ela deve pensar umas trinta milhões de vezes antes de colocar outro homem em casa, mesmo achando que conhece o futuro cônjuge. E no caso de um menino, este pode ter ciúmes da mãe e não aceitar a figura masculina que chega em sua vida que não é o seu pai.

No caso do novo parceiro da mulher a coisa toda também é complicada. Não são seus filhos que estão ali. O começo da relação com as crianças, dependendo da idade, é tensa. Para as crianças ele não é o pai delas, é o outro. O cara que “quer assumir o lugar de seu pai”. O esforço para acolher e educar estas crianças é férreo e muitas vezes o relacionamento com a mãe é desgastado por demais neste processo e chega a um fim indesejado.

Tem algumas regrinhas básicas a serem seguidas quanto ao relacionamento com as crianças, por exemplo: nunca falar alguma coisa negativa do pai deles para elas. Outra: Conversar com a mãe sobre o que falar e maneiras de agir com eles é essencial. Quem melhor pra dar uma dica dessas do que pai e mãe? O respeito das crianças só será adquirido se elas gostarem do padrasto.

Para o pai divorciado pode ser incrivelmente difícil ver seu filho ter mais convívio com outra figura masculina que não a dele. O seu lugar foi ocupado e com o tempo as crianças serão conquistadas pelo novo parceiro da mulher. Neste contexto, algumas famílias tem uma criança com “dois pais”, o que, muitas vezes, deixa o pai biológico com um sentimento negativo imenso ao ver seu filho chamar outra pessoa de pai.

Enfim, muita coisa além disso é pensada e repensada entre os envolvidos. A batalha é grande.

É um desafio criar um parentesco por afinidade. Complicado, mas não impossível. A Família moderna está pautada no afeto. O padrasto precisa conseguir o respeito das crianças e quando o seu filho (caso o casal queira ter um) estiver por vir ele não pode deixar de lado seu “filho socioafetivo”. O relacionamento precisa ser mantido.

Conquistar uma criança cujo os pais se separaram e que pode se colocar como vítima constante, manipulando todos ao seu redor por conta disso, requer atenção e paciência. Muita paciência. Doses cavalares de paciência. Pode parecer que, com tantas novas estruturas familiares no mundo atual, as coisas são mais simples de se entender, principalmente no caso dos jovens que estão sendo criados em uma sociedade desta forma. Ledo engano.

Relações consistentes, principalmente para quem não tem grau de parentesco algum, devem ser conquistadas com criatividade e respeito, pois é importante não invadir o espaço da criança e forçar uma situação incômoda. e só quando o padrasto sentir que faz parte da vida da criança (e vice versa) é que nascerá uma família.

Fica a dica/opinião! 😉

PS: Como o foco foi sobre padrastos, não chegamos a mencionar famílias com pais em relação homoafetiva, mas sabemos que também fazem parte dos novos modelos familiares. Quem sabe na próxima. 😉